5 de jun. de 2012

PLANO DE EVANGELIZAÇÃO PAROQUIAL: Uma ação eclesial pensada (I)[


O mundo moderno com seus “valores e contravalores, desafios e mudanças, exige dos evangelizadores preparo, qualificação e atualização”, mas também, exige uma ação evangelizadora pensada e planejada. E, portanto, planejar, como nos diz Agenor Brighenti, é deixar de improvisar, é pensar o futuro. Neste contexto, da falta de referenciais seguros, a ação eclesial (a atividade missionária da Igreja) corre o grande e real risco de perder-se em ações isoladas, imediatistas e improvisadas, segundo a lógica do modismo social, econômico e religioso do momento sem uma comunhão de forças, mas também, sem uma participação ativa de todos os agentes, na elaboração e execução das mesmas atividades.
A ação evangelizadora da Igreja não pode de modo algum prescindir ou desvalorizar o planejamento. Pois, quando planejamos algo adotamos uma linha de direção a ser seguida, prevemos alguns passos e criamos meios de avaliar se estamos ou não atingindo os objetivos esperados; é, portanto, algo que permeia o antes, o durante e o depois de qualquer ação ou projeto,” no nosso caso, é algo que permeia e perpassa toda a ação evangelizadora.
   Quando falamos de evangelização, pode parecer que estejamos falando de uma realidade que ainda não teve contato com o Evangelho, ou seja, que nunca foi evangelizada, porém, não se trata disso nesta reflexão. Aqui compreendemos, no sentido de uma nova evangelização no âmbito das nossas comunidades paroquiais.
Evangelizar, neste contexto e segundo nossa compreensão, na elaboração do nosso Plano de Evangelização na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Cidade de Cabrobó-PE, trata-se de evangelizar um campo religioso que, supomos já conheça o Evangelho, mas que se tem deixado influenciar pelo secularismo e pelo pluralismo religioso vigente no mundo sócio-cultural e religioso. Muitas vezes, cedendo espaço ou tendencialmente incorrendo na mesma lógica do mercado e da onda religiosa das seitas individualista, capitalista e desvinculada da grande tradição eclesial.
Diante dos desafios da sociedade moderna, a instituição eclesial chamada paróquia, acomodada com grupos isolados e fechados em si mesmos, não responde mais ao tempo presente, numa pastoral de ‘mera conservação’. É preciso então empreendermos uma ação evangelizadora planejada e renovada, no sentido de fazer de cada paróquia uma comunidade de comunidades.
Os caminhos para tanto, entre outros se destacam: a setorização das paróquias em unidades maiores, a valorização do protagonismo dos leigos e leigas, nos espaços de comunhão e participação (assembleias de pastoral e conselhos de pastoral) e, por fim, espírito de fé e comunhão eclesial no planejamento e elaboração de pistas concretas de ações evangelizadoras articuladas num Plano Paroquial de Evangelização. Até breve!!