O mundo moderno com seus “valores e
contravalores, desafios e mudanças, exige dos evangelizadores preparo,
qualificação e atualização”, mas também, exige uma ação evangelizadora pensada
e planejada. E, portanto, planejar, como nos diz Agenor Brighenti, é deixar de improvisar, é pensar o futuro.
Neste contexto, da falta de referenciais seguros, a ação eclesial (a atividade
missionária da Igreja) corre o grande e real risco de perder-se em ações
isoladas, imediatistas e improvisadas, segundo a lógica do modismo social,
econômico e religioso do momento sem uma comunhão de forças, mas também, sem
uma participação ativa de todos os agentes, na elaboração e execução das mesmas
atividades.
A ação evangelizadora da Igreja não pode de modo algum prescindir ou
desvalorizar o planejamento. Pois, “quando
planejamos algo adotamos uma linha de direção a ser seguida, prevemos alguns
passos e criamos meios de avaliar se estamos ou não atingindo os objetivos
esperados; é, portanto, algo que permeia o antes, o durante e o depois de
qualquer ação ou projeto,” no nosso caso, é algo que permeia e perpassa toda a
ação evangelizadora.
Quando falamos de evangelização, pode parecer que estejamos falando de
uma realidade que ainda não teve contato com o Evangelho, ou seja, que nunca
foi evangelizada, porém, não se trata disso nesta reflexão. Aqui compreendemos,
no sentido de uma nova evangelização no âmbito das nossas comunidades
paroquiais.
Evangelizar, neste contexto e segundo nossa
compreensão, na elaboração do nosso Plano
de Evangelização na Paróquia Nossa Senhora da Conceição,
Cidade de Cabrobó-PE, trata-se de evangelizar um campo religioso que, supomos
já conheça o Evangelho, mas que se tem deixado influenciar pelo secularismo e
pelo pluralismo religioso vigente no mundo sócio-cultural e religioso. Muitas
vezes, cedendo espaço ou tendencialmente incorrendo na mesma lógica do mercado
e da onda religiosa das seitas individualista, capitalista e desvinculada da
grande tradição eclesial.
Diante dos desafios da sociedade moderna, a
instituição eclesial chamada paróquia, acomodada com grupos isolados e fechados
em si mesmos, não responde mais ao tempo presente, numa pastoral de ‘mera
conservação’. É preciso então empreendermos uma ação evangelizadora planejada e
renovada, no sentido de fazer de cada paróquia uma comunidade de comunidades.
Os
caminhos para tanto, entre outros se destacam: a setorização das paróquias em
unidades maiores, a valorização do protagonismo dos leigos e leigas, nos
espaços de comunhão e participação (assembleias de pastoral e conselhos de
pastoral) e, por fim, espírito de fé e comunhão eclesial no planejamento e
elaboração de pistas concretas de ações evangelizadoras articuladas num Plano
Paroquial de Evangelização. Até breve!!